sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Chasque do Dorotéo Fagundes


CARNAVAL DE BACUDO

Bacudo é um adjetivo que pode ser um elogio ou uma ofensa. É elogiosa quando nós gaúchos, tratamos de alguém que é muito campeiro, perito. Ofensa quando queremos chamar alguém de ignorante, bruto com as coisas modernas.

No dia 16 será o dia do carnaval, folguedo, festa popular que tomou gigantesca proporção. Tanto que de todos os recantos da terra, chegam visitantes no Brasil para curtirem o nosso carnaval. E com muita sabedoria a equipe mais carnavalesca do rádio brasileiro, comandada por Claudio Brito, na Rádio gaúcha, vem dizendo tudo sobre o reinando de momo e suas origens.

A nós cabe, humildemente, salientar de como o gaúcho de bota e bombacha vive esse período. Muitos caem na folia, e muitos aproveitam para a retirada. É tradicional no pago em fevereiro, no carnaval, aproveitando que terminou a piracema, a gauchada organizar verdadeiras expedições ao interior do interior, para o acampamento de férias.

Nós mesmos que no Galpão do Nativismo todos os domingos gostamos de dizer que estamos sempre ao vivo, no domingo do carnaval entramos nossa mensagem radiofônica, gravada é a única do ano dessa forma. E Bueno, nesta hora estamos como vocês, na audiência, acampados em São Sepé, na Estância Trancoso do nosso amigo e companheiro eventual desse programa, do historiador e escritor Cezar Pires Machado. Saímos na quinta-feira e voltaremos nas quarta de cinzas, felizes por ter tido mais uma vez, o privilégio do convivo ao pé do fogo, na beira do rio, de açudes e barragens, na pratica da milenar função do pescar e de outras maravilhas do lazer campeiro.

Escolhemos essa atividade no feriadão para nos afirmar como defensores da cultura rural, convivendo um pouco no dia a dia do campo e evidentemente, aliviar a pressão urbana, carregando as baterias da alma, com a tranqüilidade silvestre. O que se passa num acampamento de carnaval é tudo de bom, muita gastronomia, água que os passarinhos não bebem, tertúlia ao pé do fogo, em conversas descontraídas sobre tudo, como neste programa galpão, que deseja a todos um belo feriado, com amor, alegria e racional extravagâncias, para que voltemos as casas a salvos, gordos e são de lombo.

Para pensar: Pão e circo segue sendo a ordem dos que mandam no mundo e o povo de hoje gosta de canha e circo que é muito pior.

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