terça-feira, 3 de novembro de 2009

Chasque do Dorotéo


A Morte é um destino puro

Foi o dia dos finados, e o nosso tipo gaucho é muito reverente aos mortos, valoriza seus antepassados que com muito sacrifício construíram uma sociedade que fez um dia o Rio Grande do Sul o mais desenvolvido estado intelectualmente do pais. Sim foram os que morreram que fizeram isso, porque a gente que ai esta desclassificou nossa moral perante a nação. Creio que no dia dois, devêssemos ao invés de chorar e nos lamentar pelas perdas, agradecer por ter tido o privilegio do convívio, com esses entes queridos que deixaram vida. Todos perguntam, para onde foram, para onde iremos... Quem se fez essa pergunta, pode ter certeza de que inconsciente ou não, acredita na vida eterna. Sabe ou deseja que estamos aqui de passagem. Porem, embora todos os sábios que viveram na terra tenham afirmado essa premissa, tem gente que prefere acreditar que tudo começa e termina por aqui mesmo. E quem são essas pessoas...são as que vivem colhendo sem semear, as que subtraem de outrem ou do governo, ou da sociedade, sem remorso. Gente fria, calculista, que a muito perderam a compaixão, como diz o povo, venderam a alma para o Diabo, Jesus as qualificou de Fariseus. Mas existem ateus, agnósticos, diferentes, não acreditam que o corpo tenha espírito, nem que exista um criador de todas as coisas, mas são humanistas, reagem na sociedade no caminho do bem, defendem oprimidos e pregam a liberdade. Esses estão muito mais perto de Deus do que muitos que vão a igreja todos os dias, mas todos descobrirão a verdade na hora da morte ou pós morte. Luiz Gonzaga o Gonzagão cantou – A morte e’ destino puro....; Aparício Silva Rillo escreveu – Ninguém tem culpa João, Teria que ser assim, Tudo que nasce na vida tem fim...; Mario Barbara no filme A Intrusa, anunciou – O João Iberra Morreu, isso e’ moeda corrente, pois morrer e um costume que sabe dar, em toda a gente. Sim, Dará em todos nos, e, cabe agora saber mais e mais da morte! A filosofia do período mais remoto ao atual nos aponta o caminho, todas as religiões falam da vida eterna, a Ciência Espírita mais precisamente conclama desde Kardec a tantos outros neste tempo, a imortalidade da alma. Por isso, não precisamos chorar no dia dos finados, pois chorar e ter pena se si mesmo, devemos orar, agradecer e honrar tudo de bom que nossos finados nos legaram.

Para pesar: Se tudo começasse e terminasse aqui, a vida não teria sentido.

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