Um Rio Grande Farroupilha
No dia 22 de agosto de 2009, São Lourenço do Sul, esteve em pé de guerra no acendimento da septuagésima chama crioula, inventada por Paixão Cortes em 1947. Digo em pé de guerra, pelo maravilhoso cenário preparado a nobre seção solene que reuniu um exército de gaúchos a cavalo vindo de vários recantos do Estado e que de lá saíram de viagem levando a centelha do fogo maior, que ilumina tradicionalmente os galpões durante a Semana Farroupilha. O sobrado de Dona Ana (irmã de Bento) onde mora só a proprietária, é lindo, maravilhoso, esta lá de pé, majestoso, certamente as mesmas paredes e colunas que testemunharam a guerra, se enrijeceram mais ainda prá o caso de precisão. Representado por atores, lá estiveram em revista a tropa, o General Bento Gonçalves, Teixeira Nunes com lanceiros negros e por atrizes vimos as mulheres da Família presidencial com a criadagem, formando um clima muito real ao que fora na época de1838. No meio do grande público, me chamou atenção, um grupo de jovens enrolados na bandeira dos farrapos, como fosse uma capa, tendo na mão uma bandeira menor, num bastão, com os dizeres, RS Livre, como apologia a uma nova saga revolucionária, não contra o Brasil, mas a favor do estado livre da tirania política da capital federal. O patrono da Semana Farroupilha – Telmo de Lima Freitas, emocionado deixou uma grande mensagem, dizendo: “olhemos o futuro hoje, cuidando melhor da família, da infância e da juventude”. O dia não poderia ter sido melhor, típico do nosso inverno, frio, vento fraco e sol radiante, que me faz crê ainda mais, no que Teixeirinha compôs e cantou: “Deus é Gaúcho de espora e mango...”, é certo que Eles lá estiveram, inspirando todos a que realizemos mais uma Semana Farroupilha de confraternização, mas com muita consciência a refletir sobre o legado farrapo, para que achemos uma saída democrática às imoralidades político- social em que vivemos, fortalecendo o republicanismo.
Para pensar: A liberdade não tem preço, só os tiranos querem que tenha.
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