Aos Pajadores
O dia do Pajador é 8 de julho porque nesse dia padeceu o papa da pajada o insubstituível Jayme Caetano Braum. E considerando que Jayme já foi homenageado na matéria da quarta semana deste ano, em janeiro, pelo dia do seu aniversário, motivo de que nesse editorial, focaremos os seus discípulos, os pajadores vivos.
Fazer verso de improviso é uma prática dos tempos mais remotos da humanidade, que felizmente o homem não desaprendeu. Cada qual, em cada época faz a sua moda. Primeiro os que contavam épicos da velha Grécia, mais tarde os trovadores do sul da França, da arte que chegou a Espanha, Portugal e de caravela veio para o Brasil, onde logo o povo adotou o estilo, fazendo no Rio Grande do Sul uma legião deles. Porém o verso de improviso na pampa americana teve nova formatação, a da pajada, feita pelo pajador. Canto improvisado em décimas com acompanhamento de milonga pampiana. Sem duvidas a primeira manifestação artística do ser Gaúcho que vivia nas Pulperias, divertindo o povo. As pulperias foram uma espécie de centro social da campanha de1700 a 1800. Na Colônia de Sacramento, que foi fundada pelo Brasil-Portugues em1680, logo tomada pelos espanhóis, até hoje tem uma Pulperia chamada La Guampada. Com certeza lá, muitos pajadores cantaram, da mesma forma que Jayme cantou na nossa Pulperia de Porto Alegre, que fundei em 1983 e funcionou até 1993. Assim no mundo moderno, o antigo canto gaúcho de pajada se mantém vivo e não poderia ser outro o dia do pajador gaúcho, do que o dia em que faleceu o maior de todos os tempos da história sul americana. Então inspirado no Jayme improviso:
Bom dia aos pajadores; Bom dia gente gaúcha; Como tiro de garrucha; Abro o peito dos amores; Pajando eu mando flores; Aos que cantam improvisado; Dizendo emocionado; O que manda o coração; Mesmo assim sem o violão; Mando um abraço cinchado.
Para pensar: Todo homem vira pajador quando aprende olhar prá dentro de si!
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