quarta-feira, 6 de maio de 2009

Chasque do Rogério

Buenas Gauchada;

Na última semana, Telmo de Lima Freitas foi escolhido como Patrono da Semana Farroupilha 2009. Alguém já pensou por que ter um "patrono" ? ou por que volta-e-meia destacamos personagens importantes de nossa história e lhes prestamos homenagens? Pois para estas perguntas, o "Chasque do Rogério" desta semana, veio bem na hora. Nós não combinamos, mas este texto do companheiro Rogério Bastos, "tá louco de bom", vamos dar uma olhada!


Com o tema para a Semana Farroupilha 2009: “OS FARROUPILHAS E SUAS FAÇANHAS”, comecei a pensar na importância dos heróis, dos ídolos, dos arquétipos que buscamos para a formação moral da sociedade. Mesmo que a importância real não esteja na imitação, mas na idéia, no imaginário social-coletivo que esse indivíduo, em virtude de estar mais avançado no mesmo caminho que você quer seguir, será usado como modelo moral a ser seguido. Heróis não são santos. São pessoas normais que tomam decisões e assumem para si a tarefa de realizar seus sonhos e os sonhos de muitos que os cerca. Buscamos permanentemente pertencer a um grupo social de elevada moral.

O desejo básico de pertencer, de fazer parte, é um aspecto fundamental da natureza humana, nossa necessidade de nos ligarmos aos outros é vital para o nosso bem-estar. Uma bandeira sempre assinala uma espécie de distinção, conquista, orgulho. Dá ao indivíduo que a adota uma raiz no passado e em um povo, ao mesmo tempo em que o prepara para viver no presente e planejar um futuro promissor, com um senso de tradição, direção e valor.

Todos nós tememos o mal, pois faz parte da natureza humana. Buscamos nos heróis a força para superar o medo deste mal, pois as histórias nos mostram que os perigos podem ser enfrentados e vencidos. Os heróis, quando lidam com nossos medos, tornam-se inspiradores, pois exibem poder de caráter e da coragem acima das adversidades que enfrentamos na vida.

Buscamos nas virtudes dos heróis a inspiração, pois eles não aceitam a derrota, a injustiça, não desistem nunca. Eles acreditam em si mesmos e em sua causa, e não medem esforços para atingir suas metas. No modelo expresso pelos heróis, de compromisso com a verdade, com a justiça, é que focalizamos a busca por um mundo melhor. Mostram que devemos nos empenhar em viver para o bem, não só o nosso, mas das outras pessoas à sua volta. A vida espera nossas melhores contribuições. Os heróis não fazem o que fazem por popularidade. Fazem por que é certo.

No mundo antigo, o filósofo romano Sêneca deixou registrado:
“Nenhum homem de dons elevados se agrada com algo inferior e medíocre. Uma visão de grande conquista o chama e o faz erguer-se.”

Escolha para si um herói moral cuja vida, nos serve de padrão ético. Todos nós precisamos de alguém cujo exemplo possa nortear nosso caráter. “Valorize um homem de grande caráter e tenha-o sempre em mente, então, viva como se ele o estivesse observando e ordene todas as suas ações como se ele as visse.” conclui Sêneca.

As pessoas podem ter na cabeça a imagem do pai ou da mãe, de um irmão, um professor, ou de um mentor sábio, enfim, um elemento que interfere diretamente em suas decisões e em suas ações. São nossos exemplos morais. Podem nos inspirar, nos frear quando queremos ser precipitados, nos lembrar que nossas limitações não precisam retardar nossos passos, e que todos nós, temos forças ocultas que podemos contar quando as circunstâncias forem desafiadoras. Assim foram nossos heróis do século XIX, que delinearam um Rio Grande diferente e deixaram um grande legado para nossas gerações.

Com a imagem do herói em mente, nós podemos achar um pouco mais fácil seguir a nobre estrada que nos satisfará no fim. O que o herói faria? Faça sua versão. Faça a diferença. O mundo precisa de heróis.

Fonte: Rogério Bastos - Diretor Executivo FCG MTG

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