quarta-feira, 13 de maio de 2009

Chasque do Rogério



O GAÚCHO

O gaúcho é o tipo característico da campanha. É o nome que se dá ao homem do campo na região dos pampas e, por extensão, aos nascidos no Rio Grande do Sul. O termo gaúcho passou a se generalizar a partir de 1800. Até então, os nascidos no nosso Estado eram chamados continentinos ou rio-grandenses.


O gaúcho surgiu da miscigenação entre o índio, o espanhol e o português, que viviam livres cuidando do gado no pampa gaúcho. Por estar ligado ao campo, tornou-se hábil cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira. O gaúcho era livre, sem patrão e sem lei. Antigamente, os gaúchos não eram bem vistos, pois Inúmeros defeitos lhes eram apontados, tais como: ladrões, homens irresponsáveis, malandros, perturbadores da paz.


Em 1820, o francês Augusto Saint-Hilaire assim descreveu o gaúcho: “homem que vivia da carne, morava em ranchos, andava a cavalo e com os hábitos do chimarrão e do fumo. Os gaúchos eram homens de maus costumes, que viviam andando pelas fronteiras. Eram ainda os gaudérios, que andavam sós, sem chefes, sem leis, sem polícia, com idéias vulgares, gostavam de dinheiro para jogar corridas de cancha reta”.


Com o estabelecimento das fazendas de gado e com a modificação da estrutura de trabalho, o gaúcho perdeu seus hábitos nômades. Integrado à sociedade rural como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias. O reconhecimento de sua habilidade de campeiro e de sua bravura na guerra fez com que o termo “gaúcho” perdesse a conotação pejorativa.


Depois da Revolução Farroupilha, o gaúcho passou a ser considerado homem digno, bravo, destemido e patriota. O gaúcho é definido pela literatura gaúcha, como um indivíduo machista, altivo, irreverente, guerreiro, legítimo, é o "centauro dos pampas". Entre nós, gaúcho é aquele que vive do trabalho pastoril, nas lides com gado.


O gaúcho de hoje é fruto da contribuição do índio, do negro, do português, do espanhol, do alemão, do italiano e tantos outros povos, que para cá vieram construir o Rio Grande com uma vida melhor. Por isso, aos poucos o termo gaúcho passou a identificar os filhos do Rio Grande do Sul. O adjetivo se estende ao que é referente a esses homens da vida pastoril, como vida gaúcha, dança gaúcha.


O povo gaúcho valoriza muito suas tradições, exalta a coragem e a bravura de seus antepassados, canta seu apego à terra, seu amor à liberdade, motivando assim o surgimento de uma literatura gauchesca.


O alimento predileto do gaúcho é o churrasco e o arroz-de-carreteiro. O chimarrão é a bebida preferida, chegando a ser o símbolo da hospitalidade e da amizade. Quando o gaúcho se veste com seus trajes típicos, diz-se que ele está pilchado. Os gaúchos costumam reunir-se nos Centros de Tradições Gaúchas para cultuar, difundir e propagar a cultura gaúcha, entre as gerações.


OS COSTUMES DO GAÚCHO


Os hábitos do gaúcho são em geral ligados à vida no campo. Os mais conhecidos são:
Ser e ágil no uso do laço – o gaúcho sabe laçar um cavalo ou um boi usando o laço, feito de couro trançado.


Ser condutor de gado, ou seja, tropeiro- normalmente esse trabalho é realizado por um peão tanto de dia como à noite, faça sol ou faça chuva, esteja nevando ou soprando o minuano.



Fazer do cavalo um companheiro – o gaúcho procura nunca se separar do cavalo, animal introduzido, no nosso rincão gaúcho, através das Missões, pelos padres jesuítas. O cavalo é chamado pelo gaúcho de pingo. O Rio Grande do Sul tem manadas de grande beleza: os baios, os alazões, os pangaré e tantas outras pelagens.


Seu alimento predileto é o churrasco e o arroz de carreteiro. Sua bebida preferida é o chimarrão.


Fonte: Rogério Bastos - Diretor-Executivo da FCG

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